Adhemar Ferreira da Silva, o homem do Salto Triplo e da volta olímpica
O público que lotava o Estádio de
Helsinque, nos Jogos de 1952, aplaudia calorosamente um pretinho magrelo,
gentil e sorridente. Brasileiro. Seu nome era Adhemar Ferreira da Silva. Ele
acabava de receber a Medalha de Ouro do Salto Triplo, depois de quebrar o
recorde da modalidade quatro vezes naquela mesma tarde. Em agradecimento
às palmas, ele correu em torno do gramado acenando para as arquibancadas.
Estava inaugurado um novo costume: a
volta olímpica. Mais que isso, o atletismo do Brasil chegava pela primeira vez
ao topo do pódio. Depois disso, atletas vencedores em todos os Jogos passaram a
repetir o gesto de Adhemar Ferreira da Silva.
Adhemar repetiu o feito quatro anos
depois, em Melbourne. Foi novamente Medalha de Ouro. Não pode competir em
Roma-60 porque contraiu uma tuberculose que lhe tirou a chance de uma terceira
medalha dourada. Encerrou a carreira de atleta e se dedicou aos estudos. Fez
quatro cursos na faculdade, aprendeu cinco idiomas. Foi adido cultural do
Brasil na Nigéria, trabalhou como ator nos filmes “Orfeu da Conceição” e “Orfeu
Negro”.
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